PREVALÊNCIA DE INCONTINÊNCIA URINÁRIA EM MULHERES PRATICANTES DE ESPORTES.

Pâmela da Silva Rocha, Cinira Assad Simão Haddad

Resumo


Introdução: A incontinência urinária (IU) é uma queixa comum entre as mulheres e, nas atletas, a mais comum é a incontinência urinária de esforço (IUE). Pode ocorrer por vários fatores, entre eles, fraqueza dos músculos do assoalho pélvico (MAP), sobrecarga na região pélvica por esportes de alto impacto, fadiga por competições de longa distância, podendo, ainda, estar associada também com alterações anatômicas e hormonais, que podem intensificar as queixas.  Objetivo: avaliar a prevalência de IU em mulheres praticantes de esportes, o impacto da IU na qualidade de vida e a função do MAP. Metodologia:   Estudo transversal, que foi realizado após a aprovação do Comitê de Ética (CAAE: 67272922.7.0000.5436) do Centro Universitário Lusíada. Foram incluídas mulheres praticantes de esporte, que treinassem em uma frequência igual ou maior do que 3 vezes na semana. Todas as participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Foram avaliadas pelo questionário Incontinence Questionnaire- Short form (ICIQ-SF), avaliação física e funcional do MAP, que ocorreram na Clínica de Fisioterapia Unilus. Resultados: A amostra contou com 20 participantes, com idade média de 38,15 (± 10,78) anos. Destas, duas são atletas profissionais e 18 praticantes de esporte. Os esportes mais frequentes foram corrida, musculação e triatlhon. Quanto à prevalência, 50% perdiam urina nos treinos e dessas, 45% também perdiam aos esforços. Outras queixas foram frequência (15%), urgência (15%) e 10% relataram urge-incontinência. O valor médio do ICIQ-SF foi de 3,75 (± 4,20). A média de força do MAP foi 2,57 (± 0,83), na escala de 0 a 5 de Oxford; a resistência foi 3,42 (± 1,37) segundos e repetição foi 2,42 (± 1,26). Dentre as participantes, apenas 10% tinham consciência perineal ao primeiro comando.  Conclusão: Encontra-se alta prevalência de IU em mulheres que praticam atividade física, mas esta não impacta na qualidade de vida das participantes.


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