MICRÓGLIA, DOENÇA DE ALZHEIMER E CANABINOIDES: UMA ABORDAGEM DA MODULAÇÃO INFLAMATÓRIA COMO ESTRATÉGIA TERAPÊUTICA

Natasha Marques de Santos, Fabiana Gonzales Mendes

Resumo


A doença de Alzheimer (DA) é uma patologia associada a um processo neurodegenerativo massivo em regiões importantes do Sistema Nervoso Central (SNC), em que leva o paciente a ter comprometimento cognitivo e como consequência final o desenvolvimento do quadro clínico de demência. A fisiopatologia desta doença está associada ao depósito de peptídeos β- amiloide extracelular, e a presença de emaranhados neurofibrilares de proteína tau em seu estado hiperfosforilada. O conjunto destes dois fatores corrobora no desenvolvimento de uma cascata neuroinflamatória comprometendo a funcionalidade cerebral. As células microgliais possuem um papel fundamental na supressão de depósitos de placas seniles e agregados de proteína tau-hiperfosforilado. As terapias convencionais disponíveis para o tratamento do Alzheimer visam promover o alívio dos sinais e sintomas expressos nos pacientes, porém, nova terapias são estudadas para auxiliarem no tratamento dos mesmos. Diante disso, a medicina complementar visa promover novas alternativas terapêuticas em específico destaca-se a terapia canabinoide como agente modulador do sistema endocanabinoide. Objetivo: Avaliar a modulação gerada pelas drogas canabinoides sobre a micróglia na Doença de Alzheimer. Materiais e Métodos: foi realizado uma revisão integrativa, tendo como principais bases de dados as seguintes plataformas: Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE/PubMed), e Google academic. O descritor (Alzheimer diseases OR AD OR Alzheimer) foi combinado utilizando o operador booleano AND (cannabinoids OR endocannabinoids) AND (micróglia OR microglial cells) e seus correspondentes respectivos na língua portuguesa. Resultados: as drogas apresentadas demonstraram resultados promissores relacionados a supressão do processo inflamatório induzido pela micróglia. Sendo que, todas elas agiram de forma direta na micróglia, porém, o que as difere são os seus alvos de ações e os modelos de estudos apresentados. Conclusão: todas as drogas apresentadas promoveram efeitos satisfatórios na modulação neuroinflamatória induzido pelas micróglias, porém, é necessário compreender que a ausência de avanços nas pesquisas clínicas desfavorece a compreensão de como estas drogas agirão em modelo humano.


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