Uso de melatonina no padrão de sono em pacientes pediátricos com transtorno do espectro autista: uma revisão sistemática

Amanda Tung, Laura Godoy Murbach, Laura Lozer Galvão, Viviane Neves Araf, Matheus Alves Alvares

Resumo


Objetivo: Avaliar o impacto do uso de melatonina sintética na qualidade do sono de pacientes com TEA com distúrbios do sono.

 

Método: Revisão sistemática de ensaios clínicos randomizados (ECR) por meio das bases de dados Sistema Online de Busca e Análise de Literatura Médica (MEDLINE), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Springer e Scientific Electronic Library Online (SciELO). Foram selecionados ECR publicados até Julho de 2023, sem restrição de língua, com pacientes pediátricos portadores de TEA, divididos em dois grupos. Um grupo foi submetido à melatonina sintética e outro grupo recebeu apenas placebo. O desfecho primário avaliado foi a comparação do Tempo Total de Sono (TST) entre os grupos melatonina e placebo. Os desfechos secundários avaliados foram o Número de Despertares Noturnos (NOA), Latência do Sono (SL), Duração de Sono Ininterrupto (LSE), Qualidade do Sono, Satisfação dos Cuidadores e os Comportamentos Externalizantes.

 

Resultado: Foram recuperados 10 estudos ao total, sendo cinco incluídos na análise qualitativa, totalizando 561 pacientes. Quatro estudos demonstraram aumento dos níveis de TST com o uso de melatonina sintética, em comparação ao placebo. As demais variáveis avaliadas diferem quanto à significância estatística entre os estudos avaliados.

 

Conclusão: Apesar da correlação positiva entre melatonina sintética/melhora nos marcadores de sono nos pacientes pediátricos portadores de TEA, ressalta-se a necessidade de estudos multicêntricos futuros que abranjam maior tempo de acompanhamento e padronização dos marcadores avaliados.

 

Palavras-chave: Transtorno do Espectro Austista; Pediatria; Melatonina; Sono.


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