DESFECHOS CLÍNICOS ASSOCIADOS À HIPOTERMIA TERAPÊUTICA EM NEONATOS COM ENCEFALOPATIA HIPÓXICO-ISQUÊMICA: UMA REVISÃO DE METANÁLISE

Bianca Galvão Valvassori, Beatriz Crivelaro Shinya, Teresa Uras Belém

Resumo


INTRODUÇÃO: A asfixia perinatal é definida como um agravo ao feto ou ao recém-nascido (RN), ocasionado por falta de oxigênio e/ou falta de perfusão de vários órgãos, de magnitude suficiente para produzir alterações bioquímicas e/ou funcionais, com múltiplas repercussões sistêmicas. Como consequência, pode resultar na encefalopatia hipóxico-isquêmica (EHI), que corresponde à sua principal complicação e encontra-se entre as principais causas de mortalidade e morbidade perinatal. Nos últimos anos, a hipotermia terapêutica foi alvo de múltiplos estudos, os quais demonstraram segurança e eficácia dessa técnica como tratamento de RN com encefalopatia hipóxico-isquêmica. METODOLOGIA: Estudo analitico retrospectivo acerca de neonatos que foram diagnosticados com encefalopatia hipóxico-isquêmica e submetidos à hipotermia terapêutica entre os anos de 2015 e 2020. Foram incorporados ao estudo, as metanálises de trabalhos clínicos randomizados, e excluídos os estudos de metanálises que não utilizaram o método cochrane ou metanálises que continham trabalhos em que a terapia de escolha principal não foi a hipotermia terapêutica. RESULTADO: Foram selecionados apenas os artigos de metanálise dos anos de 2015 a 2020, sendo encontrados dez estudos. Dois foram excluídos por não cumprirem com os critérios de inclusão. Dos oito artigos restantes englobam 120 estudos de diferentes países, totalizando um N de 7193 pacientes. CONCLUSÃO: Essa técnica parece estar associada a desfechos clínicos não previsíveis, que necessitem de mais estudos para analisá-los mais adequadamente de forma isolada, visto que pode comprometer o prognóstico do tratamento. Ainda não há evidências o suficiente para comprovar que os casos leves se beneficiem dessa intervenção, sendo necessário elucidar melhor a conduta frente a eles.

CLINICAL OUTCOMES ASSOCIATED WITH THERAPEUTIC HYPOTHERMIA IN NEONATES WITH HYPOXIC-ISCHEMIC ENCEPHALOPATHY: A META-ANALYSIS REVIEW

INTRODUCTION: The perinatal asphyxia is defined as a damage to the fetus or newborn caused by lack of oxygen and/or lack of perfusion of several organs of sufficient magnitude to produce biochemical and/or functional with multiple systemic repercussions. As a consequence, it can result in hypoxic-ischemic encephalopathy (EHI), which corresponds to its main causes of perinatal mortality and morbidity. In recent years, therapeutic hypothermia has been the subject of multiple studies, which have demonstrated the safety and efficacy of this technique as a treatment for newborns with hypoxic ischemic encephalopathy. METHODOLOGY: Retrospective analytical study of neonates who were diagnosed with hypoxic ischemic encephalopathy and underwent therapeutic hypothermia between the years 2015 and 2020. It was incorporated into the study of meta-analyzes that didn’t use the Cochrane method or meta-analysis studies in which the main therapy of choice was not the therapeutic hypothermia. RESULT: Only the meta-analyses articles from the years 2015 to 2020 were selected, and ten studies were found. Two of them were excluded for not meeting the inclusion criteria. The remaining eight articles encompass 120 studies from different countries, totaling an N of 7193 patients. CONCLUSION: This technique seems to be associated with unpredictable clinical outcomes that require further isolated studies to analyze them more adequately, since it can compromise the treatment prognosis. There is still not enough evidence to prove that the mild cases benefit from the intervention, and it’s necessary to explain better the conduct toward as them.


Palavras-chave


hipotermia terapêutica, asfixia perinatal, encefalopatia hipóxico-isquêmica, prognóstico

Texto completo:

PDF

Apontamentos

  • Não há apontamentos.


Direitos autorais 2020 Revista UNILUS Ensino e Pesquisa - RUEP

ISSN (impresso): 1807-8850
ISSN (eletrônico): 2318-2083

Periodicidade: Trimestral

Primeiro trimestre, jan./mar., data para publicação da edição - 30 de junho
Segundo trimestre, abr./jun., data para publicação da edição - 30 de setembro
Terceiro trimestre, jul./set., data para publicação da edição - 31 de dezembro
Quarto trimestre, out./dez., data para publicação da edição - 31 de março

Licença Creative Commons
Este obra está licenciado com uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.

 

Indexadores

 

Estatística de Acesso à RUEP

Monitorado desde 22 de novembro de 2016.