Diagnóstico e prevalência da meningite criptococócica em pacientes portadores da Sindrome da Imunodeficiênca Adquirida – SIDA

Marcelo Alberti Paiva da Silva, Luiz Henrique Gagliani

Resumo


A criptococose é um fungo oportunista causada por Cryptococcus neoformans, uma doença infecciosa cosmopolita que acomete o homem, animais domésticos e silvestres. Este patógeno é frequentemente isolado de excrementos de pombos e psitacídeos, possuindo inúmeras fontes ambientais. A infecção ocorre por inalação de esporos e a doença se manifesta principalmente indivíduos imunocomprometidos. O objetivo do trabalho é estudar as melhores possibilidades de diagnóstico, além de verificar a prevalência das pessoas inumocomprometidas, possuindo principalmente o vírus HIV, que possui infecção do Cryptococcus neoformans. A microscopia direta, cultura, sorologia, e, atualmente, são descritas técnicas moleculares para identificação do patógeno. A identificação definitiva é feita mediante provas morfológicas, produção de urease e fenol-oxidase em meios diferenciais (L-dopa, sementes de girassol ou alpiste), assimilação de fontes de carbono e de nitrogênio. O diagnóstico sorológico se baseia na detecção de antígeno polissacarídico no soro ou líquor, mediante técnica de aglutinação com partículas de látex O diagnóstico por meio de técnicas moleculares tem apresentado resultados satisfatórios. O atraso no diagnóstico e as dificuldades em controlar a infecção são importantes causas de mortalidade e morbidade.

Texto completo:

PDF

Referências


BASTOS, F. I., BARCELLOS, C.; Geografia social da Aids no Brasil.

Revista de Saúde Pública, São Paulo, v.29 n.1, fev. 2005.

BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO, AIDS e DST, Ministério da Saúde, BRASIL, 2010.

BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. BASTOS FI., e SZWARCWALD CL. AIDS e pauperização: principais conceitos e evidências empíricas sobre a epidemia da AIDS no Brasil: distintas abordagens, p. 07-19. Brasília, 2010.

BRITO A. M., CASTILHO, E. A. E SZWARCWALD, C. L.; AIDS e infecção pelo HIV no Brasil: uma epidemia multifacetada; Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical 34(2): 207-217, mar-abr, 2000.

BUCHALLA, C. M. et al. A AIDS/SIDA: as estatísticas de mortalidade

como fonte de informação. São Paulo: Centro Brasileiro de Classificação de Doença, São Paulo,1990.

BUCHALLA C. M. et al, Avaliação do uso da Classificação Internacional; de Doenças para codificar a síndrome da imunodeficiência adquirida, São Paulo, 2006.

CAMARGO, J., ROCHEL K. – As Ciências da Aids e a Aids das Ciências – O discurso médico e a construção da aids. Rio de Janeiro: Relume Dumará: ABIA: IMS, UERJ, 2004.

CASALI A.K., et al, Cryptococcus neoformans Aspectos moleculares e epidemiológicos, Biotecnologia Ciência & Desenvolvimento - nº 20, Rio de Janeiro, maio/junho 2001.

Casos de HIV no mundo,

acesso em 12/07/2011.

CONTIN J. T. et al; Minas Gerais, Ocorrência de Cryptococcus neoformans em fezes de pombos na cidade de Caratinga, MG – Brasil,Revista Médica de Minas Gerais 2011; 21(1): 19-24, 2011.

COSTA, A. K. F.; Leveduras associadas à cloaca e a excrementos de pombos (columba livia): um enfoque especial para os aspectos micológicos de cryptococcus spp; FORTALEZA – CE, 2007.

DENNING, D.W. Therapeutic outcome of invasive aspergillosis. Clin Infect Dis, 23:608-15, 1996.

FERREIRA, C. E. C., CASTIÑEIRAS, L. L. O rápido aumento da

mortalidade dos jovens adultos em São Paulo: uma trágica tendência. Revista São Paulo em Perspectiva, São Paulo, v. 10 n. 2,

abr./jun. 2006.

FIGUEIREDO J. F. C. et al; Características clínicas e epidemiológicas de pacientes da região de Ribeirão Preto, SP, BRASIL, com AIDS e infecções oportunistas, Ribeirão Preto, 2000.

FUNDAÇÃO SEADE. Sistema de Mortalidade por SIDA. São Paulo,

/1997.

GAGLIANI L. H.; Avaliação imunológica e virológica dos pacientes Diagnosticados pelo hiv-1, no período de 2000 a 2001, Matriculados no centro de referência em AIDS de SANTOS – SP – BRASIL, Santos 2004.

GAGLIANI L. H. ; Caseiro M. M.; Rocha S., Correlação entre alterações liquóricas e sobrevida em pacientes com neurocriptococose x aids que foram atendidos no centro de referência em AIDS de Santos – SP – BRASIL, Santos 2005.

GALVÃO, J.; AIDS no Brasil: A agenda de construção de uma epidemia - Rio de Janeiro: ABIA; São Paulo: Ed. 34, 2000.

GARCIA, L. C.; Estudo genotípico de Cryptococcus neoformans isolados de amostras ambientais no Município de Florianópolis, Santa Catarina. Santa Catarina, 2008.

GAZZONI, A. F., Diagnóstico histopatológico da criptococose; Porto Alegre, 2007.

HAMANN, M.E. Grau de informação, atitudes e representações sobre o risco e a prevenção de Aids em adolescentes pobres do Rio de Janeiro, Brasil. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 11, n. 3, jul./set. 1996.

HANCI, M., A.Cerebral candidiasis presenting as a mass lesion.Zentralb Neurochir, 59(2):129-31, 1998.

HARRIS, D.E, ENTERLINE D.S.: Fungal infections of the central nervous system. Neuroimaging Clin N Am, 7(2): 187–98, 1997.

LEÃO N. Q. Doenças Infecciosas e Parasitárias: Enfoque Amazônico - Belém: Cejup: UEPA: Instituto Evandro Chagas, 1997,pg 750-757.

MAFRA M. O. et al;;, Criptococose Disseminada em Lúpus Eritematoso Sistêmico Juvenil, Revista Brasileira de Reumatologia , v. 48, n.6, p. 373-378, nov/dez, 2008.

MANDELL, G.L., BENNETT, J.E., DOLIN, R.: Principles and practice of infectious disease, 5o ed., Churchill Livingstone, 2000, p.2663-770.

MATIDA, L. H. AIDS e a transmissão materno-infantil. Boletim Epidemiológico, São Paulo, CVE, n. 1, mar. 1998.

MATHISEN, G.E., JOHNSON, J.P., Brain abscess. Clin Infect Dis, 25: 763-81, 2003.

NOVELINO, M.S.F. Disseminação de informação sobre a epidemia de HIV/Aids para mulheres. Brasília, v. 22 n. 3, set./dez. 1993.

OLIVEIRA, B. P. R.; Criptococose LEÃO, R. N. Q.; Doenças Infecciosas e Parasitárias- Belém: Cejup: UEPA: Instituto Evandro Chagas, 1997.

PEDROSO, R. S., CANDIDO, R. C., Diagnóstico Laboratorial da Criptococose, News Lab - edição 77 – 2006.

PETRAGLIA P., Relato de um caso de criptococose em gato, Rio de Janeiro 2008.

QUEIROZ, J. P. A. et al; CRIPTOCOCOSE - UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA, Acta Veterinaria Brasilica, v.2, n.2, p.32-38, 2008.

RIBEIRO G. P. et AL; CRIPTOCOCOSE ARTICULAR: RELATO DE CASO1, Revista Paraense de Medicina V.21 (4) dezembro 2007.

RIHS, J.D., PADHYE, A A., GOOD, C.B. Brain abscess caused by Schizophyllum commune: na emerging basidiomycete pathogen. J Clin Microbiol, 34(7): 1628-32, 1996.

SHARMA, B.S.et al. Intracranial fungal granuloma. Surg Neurol. 47(5): 489-97, 1997.

SILVA P. R., Susceptibilidade a antifúngicos e resposta imunológica in vitro às variedades do Cryptococcus neoformans, Rio de janeiro, Outubro/2006.

TAKAHARA D. T., Isolamento e identificação de Cryptococcus neoformans a partir de excretas de pombos provenientes de locais públicos e residenciais de Cuiabá e várzea grande – MT, CUIABÁ – MT, 2007.

WALZ, R., et al. Cerebral phaeohyphomycosis caused by Cladophialopora bantiana in a Brazilian drug abuser. J Med Vet Mycol, 35(6): 427-31, 2002.

WATSON D.F., STERN, B.J., LEVIN, M.L. et al. Isolated cerebral phycomycosis presenting as focal encefalitis. Arch. Neurol, 42: 922-23, 1985.

WEBB, M. Cerebral mucormycosis after liver transplantation: a case report. Clin Transplant, 12(6): 596-9, 1998.


Apontamentos

  • Não há apontamentos.


Direitos autorais 2016 Revista UNILUS Ensino e Pesquisa - RUEP

ISSN (impresso): 1807-8850
ISSN (eletrônico): 2318-2083

Periodicidade: Trimestral

Primeiro trimestre, jan./mar., data para publicação da edição - 30 de junho
Segundo trimestre, abr./jun., data para publicação da edição - 30 de setembro
Terceiro trimestre, jul./set., data para publicação da edição - 31 de dezembro
Quarto trimestre, out./dez., data para publicação da edição - 31 de março

Licença Creative Commons
Este obra está licenciado com uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.

 

Indexadores

 

Estatística de Acesso à RUEP

Monitorado desde 22 de novembro de 2016.