ESTUDO DA PREVALÊNCIA BACTERIANA E RESISTÊNCIA AOS ANTIMICROBIANOS ISOLADOS DE MATERIAIS BIOLÓGICOS EM HOSPITAL, NO MUNICÍPIO DE SANTOS/ SP – BRASIL

Eloá Roventini Andrade, Marcos Montani Caseiro, Luiz Henrique Gagliani

Resumo


As infecções no âmbito hospitalar e a resistência bacteriana são os maiores problemas nosocomiais de hoje, juntamente com o uso indiscriminado de antibióticos. O presente estudo foi realizado em um hospital particular em Santos / SP, com amostras recebidas no laboratório de microbiologia no ano de 2010, provenientes de pacientes hospitalizados. Foram recebidas 8211 amostras, sendo que, 1614 delas resultaram em crescimento bacteriano, ou seja, houve positividade em 19,7% das amostras: Sangue (34%), Secreções (31%), Urina (28%), Ponta de Cateter (4%) e Líquidos (3%).  71,4% dos pacientes tinham a idade igual ou superior a 60 anos e, com uma amostragem de 53,84%, o sexo masculino esteve presente em maior proporção nas amostras. Após adoção de alguns critérios de exclusão, a quantidade final de amostras positivas obtidas foi de 1263. No hospital estudado foram encontradas bactérias Gram positivas e negativas na maioria dos materiais biológicos, sendo: Staphylococcus coagulase negativa (22,7%), Escherichia coli (18,4%), Pseudomonas aeruginosa (12,0%), Klebsiella pneumoniae (10,0%), Staphylococcus aureus (8,2%) e Acinetobacter baumanni (8,2%). A positividade (93,9%) de Staphylococcus coagulase negativa em amostras de hemocultura coletadas foi um agravante, pois estes microrganismos são importantes agentes etiológicos das bacteremias hospitalares e freqüentemente considerados como contaminantes de hemoculturas, dificultante o tratamento adequado do paciente. O total de resistência aos carbapenêmicos de Pseudomonas aeruginosa no hospital foi em torno de 49,6% e a de Acinetobacter baumannii girou em torno de 87,5%. Em todos os setores este padrão permaneceu semelhante, excluindo o setor UTI Neonatal/ Infantil, que não se enquadra com os outros setores por obter um número pequeno de positividade nas amostras biológicas. O perfil do Staphylococcus aureus foi de 100% de sensibilidade à Vancomicina e Linezolida, e resistência global à Oxacilina de 65,4%. Observou-se que, nas amostras com teste de ESBL Postivo, girou em torno de 55,5% em Klebsiella pneumoniae, seguida de Klebsiella oxytoca (25%) e Escherichia coli (16,3%). A distribuição setorial ocorreu como um todo, não havendo grande diferença entre eles. Também não foi evidenciada resistência dos bacilos Gram negativos à Colistina/ Polimixina, salvo as bactérias que possuem resistência intrínseca a esta droga.


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