COMPARAÇÃO DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA E RESSONANCIA MAGNÉTICA NA AVALIAÇÃO DE METASTASE HEPÁTICA DE CANCER COLORRETAL

Caroline Corrêa de Tullio Augusto, Beatriz Berenchtein

Resumo


O câncer colorretal é considerado uma neoplasia de bom prognóstico quando detectado em estádios iniciais e apresenta taxa de sobrevida em 5 anos de aproximadamente 80-90%, enquanto naqueles com doença metastática é de apenas 10-20%. O fígado é o sítio mais comum de metástase hematogênica do câncer colorretal, constituindo a principal causa de morte nesses pacientes. Os métodos de imagem constituem a principal ferramenta de detecção da metástase hepática, seja na avaliação inicial do estadiamento da doença ou nos exames de seguimento oncológico. As modalidades de imagem que permitem avaliação do fígado incluem a ultrassonografia, tomografia computadorizada (TC), ressonância magnética (RM) e tomografia por emissão de pósitrons (PET-CT). O objetivo desta revisão de literatura, foi comparar a eficácia da TC e RM na detecção de metástases hepáticas de câncer colorretal. Apesar de a TC apresentar menor custo e tempo de exame, tornando-se acessível a grande parte da população, apresenta menor sensibilidade em comparação a RM. Lesões inferiores a 1 cm são raramente caracterizadas pela TC, no entanto são vistas através da RM. A partir dos dados obtidos nesse estudo, foi possível concluir que a RM magnética desempenha um papel mais preciso na detecção de metástase hepática de câncer colorretal em relação a TC.

 


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