Estudo das alterações hematológicas dos pacientes com diagnóstico sorológico de dengue de um hospital privado em Santos – SP
Resumo
A dengue é uma doença que nas últimas décadas se tornou um sério problema de saúde pública principalmente em função do crescente número de casos observados ano a ano, o diagnóstico diferencial e rápido se tornou essencial para melhores condutas terapêuticas. Desta forma, exames laboratoriais mais rápidos, como hemograma, podem servir de parâmetro para auxílio diagnóstico, por apresentar alterações características como a leucopenia, plaquetopenia, linfocitose relativa e atipia linfocitária. Porém, dependendo do tempo de curso da infecção, é possível que as alterações hematológicas, tão comumente associadas à doença, não sejam os principais achados logo no início do quadro, fato que pode negligenciar a conduta clínica e o acompanhamento adequado desta enfermidade. Portanto, o objetivo do presente trabalho foi determinar a frequência das principais alterações hematológicas encontradas nos pacientes com diagnóstico confirmado de dengue, a prevalência dos sorotipos na epidemia de dengue no período de maior infecção no ano de 2010 e determinar se há alterações hematológicas significativas entre os diferentes sorotipos. Este estudo tem caráter transversal, retrospectivo, observacional e comparativo, de uma coorte de 72 pacientes que tiveram o diagnóstico confirmado de dengue entre os meses de março a maio do ano de 2010, em um Hospital Privado em Santos-SP. Estes pacientes conforme a análise do sorotipo, foram estratificados em 03 grupos: sorotipo 01, 3/72 (4,2%), sorotipo 02, 66/72 (91,6%) e sorotipo 03 3/72 (4,2%). As alterações hematológicas mais frequentes encontradas nos pacientes foram plaquetopenia, leucopenia e linfocitose relativa. Dos casos analisados, 38/72 (52,8%) apresentaram plaquetopenia; 31/72 (43,1%) apresentaram leucopenia e 23/72 (31,9%) linfocitose relativa. Assim, os resultados sugerem que, mesmo em surtos de dengue, é fundamental que sejam realizados testes específicos para o diagnóstico confirmatório da doença, como sorologia para IgM em pacientes com suspeita clínica. Caso não seja possível a confirmação por sorologia, não excluir a suspeita de dengue apenas pela não alteração do hemograma.
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