Avaliação do perfil laboratorial, sócio demográfico e evolução clínico terapêutico dos dez pacientes vivos mais antigos em atendimento no Centro de Referência em AIDS Santos – SP – Brasil

Fabiana Gomes Lancellotti, Luiz Henrique Gagliani

Resumo


A Aids tornou-se uma das doenças mais pesquisadas em todo o mundo e o HIV, um dos vírus sobre o qual se obteve mais conhecimento e tempo de pesquisa. Todavia, há ainda muito para ser descoberto e analisado, tanto no que se refere às formas de tratamento clínico-ambulatorial, quanto ao que diz respeito a medicamentos mais específicos e produtos vacinais. Este trabalho procura analisar o perfil de dez pacientes, vivos, mais antigos, em atendimento no Centro de Referência em Aids de Santos – SP, durante o período de 1987 a 2003. Esta análise se dá através de dados obtidos dos prontuários destes pacientes. Foram examinados os comportamentos sociais, mecanismo de transmissão do vírus, o uso ou não de medicamentos anti-retrovirais e os exames laboratoriais (perfil imunohematológico, bioquímico e hematológico). O presente estudo pretende contribuir para um melhor entendimento da evolução da doença nos pacientes portadores do vírus HIV-1, utilizando como parâmetro uma longevidade maior do que dez anos. A sua relevância social consiste em apresentar uma alternativa para uma melhor qualidade de vida destes doentes. Observou-se que a maioria dos pacientes analisados eram mulheres, com idade entre 23 e 42 anos, média de 32 anos. Dentre eles 80% possuía baixo nível de escolaridade (1° grau). Quanto ao estado civil, verificou-se que 40% eram solteiros e 30% casados quando se contaminaram. Quanto às principais formas de transmissão do vírus entre os pacientes, a relação heterosexual representou 90% dos casos, seguida pela relação sexual com múltiplos parceiros. Em relação ao uso de drogas, 40% dos pacientes admitiu ser usuário de drogas injetáveis, sendo a cocaína a droga mais consumida. Em relação às drogas não-injetáveis, 60% afirmou ser usuário. Neste caso, o álcool foi mais consumido (66,4% dos pacientes usuários). Verificou-se também que 20% dos pacientes, grupo este constituído apenas por mulheres, não fazem uso da terapia anti-retroviral. Os exames laboratoriais demonstraram que os exames hematológicos obtiveram resultados característicos da doença. Quanto aos exames bioquímicos, verificou-se que as alterações tanto no perfil lipêmico quanto no perfil hepático estão relacionadas ao uso de ARV e as alterações no perfil renal estão associadas ao uso de antibióticos. Nos exames imunohematológicos, notou-se que a quantificação viral pelo HIV foi relativamente baixa e a contagem dos linfócitos T CD4+/CD8+ ,próxima aos parâmetros normais.

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