ANÁLISE VENTILATÓRIANÁLISE VENTILATÓRIA PRÉ E PÓS EXTUBAÇÃO COMO PREDITOR DE SUCESSO DA RETIRADA DA VIA AÉREA ARTIFICIALA PRÉ E PÓS EXTUBAÇÃO COMO PREDITOR DE SUCESSO DA RETIRADA DA VIA AÉREA ARTIFICIAL
Resumo
Introdução: A ventilação mecânica (VM) é utilizada em unidades de terapia intensiva pediátrica e neonatal em todo o mundo, com pacientes que apresentam insuficiência respiratória aguda ou crônica. O desmame da VM é o processo de transição da ventilação artificial para a ventilação espontânea em pacientes que permaneceram em VM por um período superior a 24 horas e os critérios para iniciar a remoção da VM devem ser bem avaliados. O objetivo do estudo foi analisar a variáveis ventilatórias pré e pós extubação, associando com o sucesso ou falha da retirada da via aérea artificial em recém-nascidos (RNs) submetidos a ventilação mecânica invasiva. Metodologia: Foi realizado um estudo de coorte retrospectivo, através de análise de prontuários de RNs internados na UTI pediátrica e neonatal do Hospital Guilherme Álvaro. Resultados: Dos 64 RNs incluídos no estudo, 54 (84,3%) apresentaram sucesso da extubação e 10 (15,7%) apresentaram falha, 51 RNs nasceram prematuros (79,6%) e 13 nasceram termo, correspondendo a 20,3%. Dos 51 prematuros, 43 (84,31%) apresentaram sucesso no desfecho da extubação e 8 (15,7%) falha, já os RNs termo, 11 (84,6%) tiveram sucesso e apenas 2 (15,3%) apresentaram falha, não mostrando diferença significativa entre a classificação de idade gestacional (p = 0,99) e apenas o desfecho da extubação relacionado a alta e óbito foi significativo (p = 0,04). A média dos parâmetros ventilatórios evidenciou pouca diferença em relação ao desfecho da extubação, na qual apenas a FiO2 (p = 0,05) e a FR (p = 0,04) demonstraram uma maior diferença entre os RN que tiveram falha ou sucesso da extubação, sendo maior a média associada ao desfecho falha, em ambos os parâmetros, mostrando diferença significativa. Considerações finais: 84% dos RN tiveram sucesso da extubação, e o modo ventilatório pré extubação, assim como a assistência pós extubação, não mostraram relação significativa com o desfecho de falha ou sucesso. Apenas os parâmetros ventilatórios de FiO2 e FR mostraram relação significativa, com valores maiores relacionados a falha da extubação.
PRE AND POST-EXTUBATION VENTILATORY ANALYSIS AS A PREDICTOR OF SUCCESSFUL REMOVAL OF THE ARTIFICIAL AIRWAY
Introduction: Mechanical ventilation (MV) is used in pediatric and neonatal intensive care units worldwide with patients presenting acute or chronic respiratory failure. Weaning from MV is the process of transition from artificial ventilation to spontaneous ventilation in patients who remained on MV for a period longer than 24 hours and the criteria for initiating removal of MV must be well evaluated. The objective of this study was to analyze the ventilatory variables before and after extubation, associating them with the success or failure of the removal of the artificial airway in newborns (NBs) submitted to invasive mechanical ventilation. Methodology: A retrospective cohort study was conducted, through analysis of medical records of RNs admitted to the pediatric and neonatal ICU of Hospital Guilherme Álvaro. Results: Of the 64 RNs included in the study, 54 (84.3%) presented successful extubation and 10 (15.7%) presented failure, 51 RNs were born premature (79.6%) and 13 were born term, corresponding to 20.3%. Of the 51 premature babies, 43 (84.31%) were successful in extubation and 8 (15.7%) failed. In term newborns, 11 (84.6%) were successful and only 2 (15.3%) failed, showing no significant difference between the gestational age classification (p = 0.99) and only the extubation outcome related to discharge and death was significant (p = 0.04). The mean ventilatory parameters showed little difference in relation to the extubation outcome, in which only FiO2 (p = 0.05) and RR (p = 0.04) showed a greater difference between NB who had extubation failure or success, being higher the mean associated to the failure outcome, in both parameters, showing a significant difference. Final considerations: 84% of the newborns had successful extubation, and the pre extubation ventilatory mode, as well as the post extubation care, showed no significant relation with the failure or success outcome. Only the ventilatory parameters FiO2 and RR showed significant relationship, with higher values related to extubation failure.
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