SAÚDE NA PALMA DA MÃO: O POTENCIAL DOS APLICATIVOS MÓVEIS NO MANEJO E NA PREVENÇÃO DE DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS

Resumo

Introdução: As doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs) constituem um problema de saúde pública global. Dentre as várias estratégias para a sua redução, a educação em saúde é a medida que se mostra mais promissora. Nesse sentido, surgem os aplicativos móveis como uma solução acessível e econômica para o controle e combate a esses agravos. Objetivo: Analisar os impactos dos aplicativos móveis no cuidado e na prevenção de doenças crônicas não transmissíveis. Métodos: O estudo consiste em uma Revisão Integrativa da Literatura, na qual foram utilizados os seguintes Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) associados ao operador booleano “AND”: "Mobile Applications" e "Noncommunicable Diseases", os quais, após aplicados em três bases de dados e filtrados pelos critérios e inclusão e exclusão, resultaram em 20 estudos. Resultados: Os estudos eram de metodologias variadas, mas a Revisão Sistemática, o Ensaio Clínico Randomizado e Estudo de Coorte foram os tipos mais citados. A área de medicina foi a mais prevalente como formação do autor principal, tendo os Estados Unidos, língua inglesa e a revista Journal of Medical Internet Research sido responsáveis pela maior parte das publicações. Ademais, os estudos apontaram que o uso de aplicativos móveis tem impacto positivo na melhora de hábitos alimentares e na redução de medidas antropométricas, com boas evidências. Com relação ao uso da Inteligência Artificial, o estudo foi inconclusivo. Houve discordância sobre a mudança de estilo de vida e a redução da pressão arterial e glicemia. Já em relação ao etilismo, percebeu-se que as ferramentas atuais apresentam baixa eficácia. Conclusão: O presente estudo demonstra a capacidade dos aplicativos móveis como intervenções na prevenção e manejo das DCNTs. No entanto, a baixa adesão e o deficiente rigor metodológico nos estudos dessas tecnologias precisam ser abordados de forma adequada para que essa intervenção mostre seu verdadeiro potencial.

HEALTH IN THE PALM OF YOUR HAND: THE POTENTIAL OF MOBILE APPLICATIONS IN THE MANAGEMENT AND PREVENTION OF CHRONIC NON-COMMUNICABLE DISEASES

Non-communicable chronic diseases (NCDs) constitute a global public health problem. Among the various strategies for their reduction, health education is the measure that shows the most promise. In this sense, mobile applications emerge as an accessible and economical solution for the control and combat of these diseases. Analyze the impacts of mobile applications on the care and prevention of non-communicable chronic diseases. The study consists of an Integrative Literature Review, in which the following Health Sciences Descriptors (DeCS) associated with the boolean operator “AND” were used: “Mobile Applications” and “Noncommunicable Diseases”, which, after applied in three databases and filtered by the inclusion and exclusion criteria, resulted in 20 studies. The studies were of varied methodologies, but the Systematic Review, the Randomized Clinical Trial and Cohort Study were the most cited types. The field of medicine was the most prevalent as the main author’s training, with the United States, English language and the Journal of Medical Internet Research being responsible for most of the publications. In addition, the studies pointed out that the use of mobile applications has a positive impact on improving eating habits and reducing anthropometric measures, with good evidence. Regarding the use of Artificial Intelligence, the study was inconclusive. There was disagreement about lifestyle change and the reduction of blood pressure and glycemia. As for alcoholism, it was noticed that the current tools have low efficacy. The present study demonstrates the capacity of mobile applications as interventions in the prevention and management of NCDs. However, the low adherence and the deficient methodological rigor in the studies of these technologies need to be addressed appropriately so that this intervention shows its true potential.