Doença de Addison: Revisão Diagnóstica em Imunologia e Imagenologia

Ana Carolina Felix Jorge, Daniela Soares Damaceno, Ingrid Fernandes dos Santos, Michelle de Andrade Pinto Guarnieri, Nathália de Assis Aguilar Duarte, Pamela Silva dos Reis Abreu, Rosilene da Conceição Araújo, Valéria Paiva de Matos, Victória Ingrid Christina da Silva Pequeno Baptista, Amanda do Nascimento, Mariano Lucero

Resumo


A Doença de Addison é a insuficiência das glândulas suprarrenais que tem várias etiologias, sendo uma delas a autoimune. Os sintomas mais comuns são a fadiga crônica, fraqueza muscular, perda de apetite e peso, náuseas, vômitos, hipotensão, melasma suprarrenal (pele escurecida), irritabilidade depressão vontade de ingerir sal e hipoglicemia, sendo mais severa em crianças. Devido à sintomatologia inespecífica do individuo portador, o diagnóstico confirmatório é feito tardiamente, baseado no fato de que a doença não é a suspeita inicial. Este trabalho, a partir de artigos científicos retirados de revistas e jornais brasileiros e estrangeiros, disponíveis online, e de citações de livros conceituados nas áreas de Endocrinologia, Imunologia e Imagenologia, tem como objetivo reunir informações conceituais relacionadas ao diagnóstico por imagem e imunológico dessa patologia pouco conhecida e rara, com prevalência de 0,45 a 11,7 casos por 100.000 habitantes. Os dados apresentados na literatura mostram que maioria dos sintomas é resultante da deficiência combinada de glicocorticoides, mineralocorticoides e andrógenos, a primeira avaliação laboratorial deve ser feita após a triagem com hemograma, dosagem de íons (sódio, potássio, bicarbonato e cálcio), níveis de cortisol plasmático, ACTH, Renina, Aldosterona, juntamente com perfil hepático e renal. Então, posteriormente, são realizados os testes imunológicos baseados em técnicas de radioimunoensaio e immunoblotting, permitindo a verificação da etiologia autoimune, evidenciando Anticorpos Anticórtex da suprarrenal (ACAs) em 60-80% dos casos, e estes ajudam no diagnóstico. Contudo, deve ser confirmado através dos exames por imagem, de técnicas invasivas (arteriografia e venografia) e não invasivas (tomografia computadorizada e ressonância magnética), sendo estas últimas as mais utilizadas, permitindo descartar hipóteses diagnósticas baseadas em características como calcificações, áreas de alta densidade e hipertrofia, comuns em tumores ou processos infecciosos. O conhecimento de novas técnicas diagnósticas é de extrema importância tanto para a confirmação da suspeita clínica prévia, quanto para o tratamento dos pacientes.


Texto completo:

PDF

Referências


CUNHA, Otávio Costa et al. Mielolipoma de supra-renal. Relato de caso. Revista Científica da Fmc, Campos dos Goytacazes, v. 3, n. 1, p.08-12, jan. 2008. Disponível em: . Acesso em: 22 ago. 2015.

FERREIRA, Eleci V. et al. Prevalência de Lesão Adrenal Incidental em Pacientes Submetidos a Tomografia Computadorizada de Tórax e Abdome em Um Hospital Geral Brasileiro. Prevalência de Lesão Adrenal Incidental em Pacientes Submetidos A Tomografia Computadorizada de Tórax e Abdome em Um Hospital Geral Brasileiro, Porto Alegre, v. 49, n. 5, p.769-775, out. 2005. Disponível em: . Acesso em: 09 ago. 2015.

LABTEST ONLINE. Insuficiência suprarrenal e doença de Addison. Disponível em: . Acesso em: 27 Abr. 2015.

MARTINS, Daniel Lahan et al. Avaliação por ressonância magnética dos tumores de adrenal com correlação histológica. Avaliação Por Ressonância Magnética dos Tumores de Adrenal Com Correlação Histológica, São Paulo, v. 41, n. 1, p.55-62, fev. 2008. Disponível em: . Acesso em: 09 ago. 2015.

SILVA, Regina do Carmo et al. Insuficiência adrenal primária no adulto: 150 anos depois de Addison. Arquivos Brasileiros de Endocrinologia e Metabologia, São Paulo, v. 48, n. 5, p.724-738, out. 2004. Disponível em: . Acesso em: 14 maio 2015.

SILVA, Regina C.; KATER, Cláudio E. Doença de addison de etiologia autoimune. Disponível em: < http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0004-27301998000600005&script=sci_arttext>. Acesso em: 09 Mai 2015.


Apontamentos

  • Não há apontamentos.


Direitos autorais 2016 Revista UNILUS Ensino e Pesquisa - RUEP

ISSN (impresso): 1807-8850
ISSN (eletrônico): 2318-2083

Periodicidade: Trimestral

Primeiro trimestre, jan./mar., data para publicação da edição - 30 de junho
Segundo trimestre, abr./jun., data para publicação da edição - 30 de setembro
Terceiro trimestre, jul./set., data para publicação da edição - 31 de dezembro
Quarto trimestre, out./dez., data para publicação da edição - 31 de março

Licença Creative Commons
Este obra está licenciado com uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.

 

Indexadores

 

Estatística de Acesso à RUEP

Monitorado desde 22 de novembro de 2016.