LEGITIMIDADE DA RECUSA VACINAL POR CLIENTES NATURISTAS

Kassio Halan Barbosa dos Santos, Amanda Matias Costa Duarte, Aline Reis de Lima, Rosana Peniche de Oliveira, Robson Marinho de Brito, Elizete R. Antonio

Resumo


Cada país e cada grupo naturista têm suas particularidades, alguns mais fiéis aos princípios de saúde ligados ao naturismo, pregando o vegetarianismo e a prática de exercícios, outros menos rígidos, pregando um naturismo mais próximo das condições que vivemos em nossa sociedade. O importante é que todos seguem as mesmas normas e possuem todo o mesmo objetivo, o crescimento do ser humano e uma maior proximidade com a natureza. (ANA, 2006) Naturistas favorecem uma holística abordagem com tratamento não invasivo e, geralmente, evitam uso de cirurgias ou drogas. Esta pesquisa tem por finalidade trazer o real motivo da recusa ao esquema vacinal do País por clientes naturistas. Trata-se de um estudo de revisão literária, utilizando levantamento bibliográfico além de artigos científicos e publicações retiradas de sites relacionados com atendimento em saúde e de Federações Brasileiras, com os marcadores Naturistas, Naturopata, Vacinação, Estilo de Vida. Este tema foi proposto, pois é visto uma real necessidade de abordagem desta pesquisa para um avanço na área da saúde em prol a excelência no atendimento integral a clientela naturista do País e seus dependentes, visando à legitimidade da recusa do esquema vacinal e agregando assim novos valores ao profissional. A FBrN – Federação Brasileira de Naturismo, não impõe ao usuário nudista nenhuma proibição relacionado a vacinação ou saúde, mas visa normas sociais como meio de garantir um padrão ético de comportamento entre sua áreas filiadas. Já Segundo BRANDT, a vacinação é um meio para tratar de enganar a natureza e de evitar uma doença infecciosa, sem tirar de antemão as impurezas e as causas que a produzem ou a propagam, a vacina é completamente contrária aos ensinamentos da higiene e da ciência e constitui um tremendo disparate cujas más consequências são piores que o pior dos crimes. A vacina, os soros e todas as injeções semelhantes são erros sem base científica. São apenas meios seguros para envenenarem completamente a melhor parte das raças civilizadas. A sua instituição obrigatória constitui o mais tremendo golpe para a civilização, a liberdade e a consciência humana. Em sua grande maioria os naturistas não aderem ao esquema vacinal vigente no País por seguirem as orientações naturopatas de vários autores, principalmente de BRANDT, que criminaliza a ação de vacinação, preferindo práticas de meios naturais como a fitoterapia, homeopatia, entre outros. Além de não aderirem a nenhum meio de tratamento invasivo e uso de drogas, o que leva a uma maior dificuldade ou nenhuma adesão ao esquema vacinal do País. Com as informações pesquisadas e citadas acima, podemos concluir que a falta de adesão à vacinação por naturistas não é de âmbito obrigatório, mas sim como um estilo de vida para eles, podendo cada adepto escolher se quer ou não vacinar-se. Entretanto esta ideologia naturista interfere diretamente no sistema imunológico do cliente naturista, além de interferir na imunização de forma passiva, o que leva a um grande problema de saúde pública.


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Referências


BRANDT, Carlos. A Superstição Médica, 1949, pag. 133-134

EDZARD, Ernst (2001). "Ascensão na popularidade da medicina alternativa e complementar: razões e as consequências para a vacinação".

FBrN – Federação Brasileira de Naturismo - http://www.fbrn.com.br/?page=codigoetica

ANA – Associação Brasileira Naturista da Praia do Abricó - http://www.anabrico.com/

PEREIRA, Paulo. Corpos nus: o testemunho naturista. 2.ed. Rio de Janeiro: Leymare 2000.

ROSSI, Celso. Naturismo: a redescoberta do homem. 2.ed. Porto Alegre: Magister, 2007

LUÍS, Línia Maria. O QUE É A NATUROPATIA E COMO ATUA – 2012, disponível em: http://www.medicina-natural.pt/artigos/o-que-e-a-naturopatia-e-como-atua.html


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