CORRELAÇÃO ENTRE O USO DE ANTIBIÓTICOS NO PRÉ-NATAL E ASMA NA INFÂNCIA: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA

Resumo

Introdução: A asma infantil é uma condição complexa onde muitos fatores ambientais estão envolvidos em sua gênese. A gravidez é uma condição fisiológica onde o tratamento medicamentoso representa uma preocupação especial, devido aos riscos de causar injúrias fetais ou complicações pós-natais. Sendo assim, esse estudo visa avaliar o impacto da administração de antibióticos no período pré-natal no desenvolvimento de sibilância e asma na criança. Métodos: Foi realizada uma revisão sistemática, com buscas nos indexadores eletrônicos Pubmed e Lilacs (Literatura Latino Americana e do Caribe em Ciências da Saúde), o que culminou no achado de 41 artigos, os quais passaram por uma pré-análise para excluir os trabalhos que eram revisão, meta-análise e os casos-controles/coortes que não atingiram a pontuação mínima de 6 (seis) pontos na escala de New Castle. Resultados: Dos 41 artigos, 9 foram incluídos para a revisão sistemática. Os tipos de estudo variaram entre coortes-retrospectivo, casos-controle e coortes-prospectivo. As amostras variaram de 301 a 910.301 crianças e a prevalência de exposição pré-natal à antibióticos variou de 19% - 44%. As medidas de desfecho encontradas foram OR (1.15-2.91), com IC (95%: 0.94 - 4.86) e de HR (1,17-1,98), com IC (95%: 1,00-3,63). Conclusão: Apesar do reduzido número de estudos voltados para análise da relação entre o uso de antibiótico durante pré-natal e o desenvolvimento de sibilância, pode-se observar que há uma associação entre esses fatores que não pode ser descartada. Entretanto, visto que existem potenciais fatores de confusão para análise crítica desses dados, é necessário um maior aprofundamento no assunto, com novos estudos com força de evidência suficiente para maior compreensão e entendimento do papel dos antibióticos pré-natais específicos no desenvolvimento da asma.

CORRELATION BETWEEN PRENATAL ANTIBIOTIC USE AND CHILDHOOD ASTHMA: A SYSTEMATIC REVIEW

Introduction: Childhood asthma is a complex condition where many environmental factors are involved in its genesis. Pregnancy is a physiological condition where drug treatments represent a concern, due to the risks of fetal injuries or postnatal complications. Therefore, this study aims to assess the impact of antibiotic administration in the prenatal period and development of childhood wheezing and asthma. Methods: A systematic review was carried out, with searches in the indexers Pubmed and Lilacs (Literatura Latino Americana e do Caribe em Ciências da Saúde), which culminated in the finding of 41 articles, which underwent a pre-analysis to exclude papers that were review, meta-analysis and case-studies controls / cohorts that did not reach the minimum score of 6 (six) points on the Newcastle scale. Results: Of the 41 articles, 9 were included for systematic review. The types of studies varied between retrospective cohorts, control cases and prospective cohorts. Samples ranged from 301 to 910,301 children and the prevalence of prenatal exposure to antibiotics ranged from 19% - 44%. The outcome measures found were OR (1.15-2.91), with CI (95%: 0.94 - 4.86) and HR (1.17-1.98), with CI (95%: 1.00-3.63). Conclusion: Despite the small number of studies aimed at analyzing the relationship between the use of antibiotics during prenatal care and the development of wheezing, one can note that there is an association between these factors that cannot be ruled out. However, since there are potential confounding factors for critical analysis of these data, it is necessary to go deeper into the subject, with new studies with enough strength of evidence for greater understanding and understanding of the role of specific prenatal antibiotics in the development of asthma.