Resultados maternos e perinatais de partos normais de gestantes com Pré-eclâmpsia

Franisco Lázaro Pereira de Souza, Gabriela de Oliveira Gomes, Livia Bruno Vidal, Marcelo Rodrigues Boarini, Renata Barbosa Horita, Rodrigo Silva de Mendonça, Tainá Peral Molina, Thiago Neves Kanashiro

Resumo


Introdução: As doenças hipertensivas da gestação são a prin­cipal causa de morbimortalidade materna e fetal. A pré-eclâmpsia (PE) acomete 4 a 8% de todas as gestantes1,2. De acordo com a Nacional High Blood Pressure Education Program a hipertensão na gestação é definida como pressão arterial sistólica > 140 mmHg e/ou pressão arterial diastólica >90 mmHg em uma mulher portadora de pressão arterial normal. O único tratamento efetivo da PE é o parto, e sua cura ocorre somente após a retirada da placenta. Devida uma questão cultural evidenciada pelo receio das pacientes em optar pelo parto normal ou mesmo por indicação médica, as taxas de parto cesárea vêm aumentando nessas pacientes. Em condições estáveis, materna e fetal pode ocorrer o parto normal sem riscos. Este é preferível por diversos fatores, dentre eles de os distúrbios de coagulação complicarem a pré-eclâmpsia, e o risco de sangramento e de eventos tromboembólicos21,22 são maiores no parto cesárea.

Objetivo:Identificar os resultados maternos e perinatais da parturição via vaginal das gestantes com Pré-Eclampsia.

Métodos: Foi realizado um estudo retrospectivo, envolvendo 524 gestantes internadas no Hospital Guilherme Álvaro (HGA) em Santos-SP, no período de janeiro de 2012 a dezembro de 2012, apresentando idade gestacional superior a 37 semanas. A coleta de dados foi realizada através da revisão dos prontuários de todos os partos normais realizados nas gestantes da Maternidade do HGA no período proposto.

Resultados: Os resultados obtidos apresentados nas tabelas, em sua maioria não diferiram entre as variáveis analisadas dos grupos estudados. As variáveis que apresentaram diferença estatística foram idade da gestante, idade gestacional no parto e início do parto.

Conclusão: Em analise final do nosso estudo, observamos que a parturição via vaginal não apresentou maleficios ao binômio mãe – feto.

Palavras-chave: pré-eclâmpsia e parto normal

Texto completo:

PDF

Referências


DíazMartínez LA. ( The Prognosis for children of mothers with preeclampsia. Part1: short-termeffects.) ArchArgent Pediatr.2011;109(5):423-8.

Espanhol

Rafael Bueno Orcy. DIAGNOSIS, RISK FACTORS AND PATHOGENESIS OF PREECLAMPSIA. Rev HCPA 2007;27(3)

Sass, N. Carmano, L.Moron, A.F. Hipertensão arterial e Nefropatias na Gravidez. Brasil 2006; 31.

Laurenti R, Jorge MHPM, Gotlieb SLD. A mortalidade materna nascapitais brasileiras: algumas características e estimativa de um fator de ajuste. Rev Bras Epidemiol. 2004;7(4):449-60.

Saftlas AF, Olson DR, Franks AL, Atrash HK, Pokras R. Epidemiology of preeclampsia and eclampsia in the United States, 1979-1986. Am J Obstet Gynecol. 1990;163(2):460-5..

Report of the National High Blood Pressure Education Program Working Group on High Blood Pressure in Pregnancy. Am J Obstet Gynecol. 2000;183(1):S1-22.

Duckitt K, Harrington D. Risk factors for pre-eclampsia at antenatal booking: systematic review of controlled studies. BMJ 2005;330(7491):565.

Roberts JM, Cooper DW. Pathogenesis and genetics of preeclampsia.Lancet. 2001;357(9249):32-6.

Sibai BM, Stella CL. Diagnosis and management of atypical preeclampsia-eclampsia. Am J ObdtetGynecol 2009; 200 (5): 481.e1-7.

Report of the national high blood pressure education program working group on high blood pressure in pregnancy. Am J ObstetGynecol 2000; 183(1): S1-S22

Tranquilli A.L. et al./Preganancy Hypertension: An International Journal of Women´s Cardiovascular Health 3(2013) 44-47

Diagnosis and management of preeclampsia and eclampsia. ACGO Pract Bull.2002;(33):1-9.

ACOG Committee on Practice Bulletins--Obstetrics. ACOG practice bulletin. Diagno-sis and management of preeclampsia and eclampsia. Number 33, January 2002. ObstetGynecol 2002; 99:159.

Heard AR, Dekker GA, Chan A, et al. Hypertension during pregnancy in South Aus-tralia, part 1: pregnancy outcomes. Aust N Z J ObstetGynaecol 2004; 44:404.

Hauth JC, Ewell MG, Levine RJ, et al. Pregnancy outcomes in healthy nulliparas who developed hypertension.Calcium for Preeclampsia Prevention Study Group.ObstetGynecol 2000; 95:24.

Hypertension in pregnancy: the management of hypertensive disorders during pregnan-cy. NICE Clinical Guideline. http://www.guideline.gov/content.aspx?id=24122.

Koopmans CM, Bijlenga D, Groen H, Vijgen SM, Aarnoudse JG, Bekedam DJ, et al. Induction of labour versus expectant monitoring for gestational hypertension or mild pre-eclampsia after 36 weeks’ gestation (HYPITAT): a multicentre, open-label randomised controlled trial. Lancet. 2009;374(9694):979-88

World Health Organization. WHO Recommendations for Prevention and Treatment of pre- eclampsia and eclampsia. Geneva, Switzerland, 2011.

Seal SL, Ghosh D, Kamilya G, Mukherji J, Hazra A, Garain P. Does route of deliv-ery affect maternal and perinatal outcome in women with eclampsia? A randomized con-trolled pilot study. Am J Obstet Gynecol. 2012; 206(6): 484.e1-7.

Amorim MMR, Souza ASR, Katz L, Noronha-Neto C. Planned caesarean section ver-sus planned vaginal delivery for severe preeclampsia. Cochrane Protocol. 2011. Cochrane Database Syst Rev. (11): CD009430.

Greer IA. Thrombosis in pregnancy: maternal and fetal issues. Lancet.1999; 353: 1258-65.

Eldor A. The use of low-molecular-weight heparin for the management of venous thromboembolism in pregnancy.Eur J ObstetGynecolReprod Biol. 2002; 104: 3-13.

Barton JR, Sibai BM. Diagnosis and management of hemolysis, elevated liver enzymes, and low platelets syndrome. ClinPerinatol. 2004; 31(4): 807-33.

Ministério da Saúde, Caderno de Atenção Básica, Atenção ao Pré-Natal de baixo Risco; 5.18.

ACOG Committee on Obstetric Practice. Committee opinion.Induction of labor for vaginal birth after caesarean delivery.Obstet Gynecol. 2002;99(4):679-80.

Xenakis EM, Piper JM, Field N, Conway D, Langer O. Preeclampsia: is induction of labor more successful? Obstet Gynecol. 1997;89(4):600-3.

Silver et al. Maternal morbidity associated with multiple repeat cesarean deliveries. Obstet Gynecol. 2006 Jun;107(6):1226-32

Nassar AH, Adra AM, Chakhtoura N, Gómez-Marín O, Beydoun S. Severe preeclamp-sia remote from term: labor induction or elective cesarean delivery? Am J ObstetGynecol. 1998;179(5):1210-3.

Ministério da Saúde, As cesarianas no Brasil: situação de 2010, tendências e perspecti-vas.

Wallis AB et al. Secular Trends in the Rates of pre-eclmpsia. Eclampsia, And Gestacional Hypertension, United States, 1987-2004. American Journal of Hypertension, 2008; 21 (5): 521-6.

Duckitt K, Harrington D. Risk factors for pre-eclampsia at antenatal booking: system-atic review of controlled studies. BMJ 2005;330(7491):565.

Chibber RM. Severypreemclampsia and the very-low-birth-weight infant. The contro-versy over delivery mode continues. J Reprod Med 2002; 47(11):925-30

Hauth JC, Ewell MG, Levine RL, Esterlitz JR, Sibai BM, Curet LB. Pregnancy out-comes in healthlynulliparas women who subsequently developed hypertension. ObstetGynecol 2000; 95:24-8.

Knuist M, Bonsel GJ, Zondervan HA, Trefferas PE. Intensifications of fetal and mater-nal surveillance in pregnant women with hypertensive disorders.Int J GynecolObstet 1998; 61:127.

Hnat MD, Sibai BM, Caritis S, Haulth J, Lindheimer MD, MacPherson C. Perinatal outcome in women with recurrent preeclampsia compared with women who develop preeclampsia as nulliparas. Am J ObstetGynecol 2002; 186:422-6.

Aliyu MH et al. High parity adverse birth outcomes: exploring the maze. Birth. 2005 Mar;32(1):45-59

Barton, J.R.; Witlin, A.G.; Sibai, B.M. Mangement of mild pre-eclampsia. Clin. Obstet. Gynecol., v.42, p.455-469,1999.

Holtzman RB, Banzhaf WC, Silver RK et al. Perinatal management of meconium staining of the amniotic fluid. Clinic Perinatology, n.6, 1989; 825-38

Wallis AB et al. Secular Trends in the Rates of pre-eclampsia, Eclampsia, and Gesta-tional Hypertension, United States, 1987-2004. American JournalofHypertension 2008; 21 (5): 521-6.


Apontamentos

  • Não há apontamentos.


Direitos autorais 2016 Revista UNILUS Ensino e Pesquisa - RUEP

ISSN (impresso): 1807-8850
ISSN (eletrônico): 2318-2083

Periodicidade: Trimestral

Primeiro trimestre, jan./mar., data para publicação da edição - 30 de junho
Segundo trimestre, abr./jun., data para publicação da edição - 30 de setembro
Terceiro trimestre, jul./set., data para publicação da edição - 31 de dezembro
Quarto trimestre, out./dez., data para publicação da edição - 31 de março

Licença Creative Commons
Este obra está licenciado com uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.

 

Indexadores

 

Estatística de Acesso à RUEP

Monitorado desde 22 de novembro de 2016.