CONHECIMENTO DOS ADOLESCENTES FRENTE À PREVENÇÃO DE DST

Marlene Valdice Silva, Fernanda Andrade dos Santos

Resumo


Introdução: A Organização Mundial de Saúde em ligação com o Ministério da Saúde define a fase da adolescência dos 10 aos 19 anos de idade. Em estatísticas temos 190 milhões de pessoas no Brasil, sendo que 34.157.633 dessa população são adolescentes. (BRASIL, CENSO 2010. Essa fase caracteriza-se pela transição da infância à vida adulta, resultando em grandes modificações tanto fisiológica como emocional. (PAIXÃO, FERNANDES, 2009). A adolescência é considerada a fase mais difícil do ciclo vital do ser humano aonde esse adolescente sofre a todo o momento influências de todas as partes, assim, definindo a sua personalidade. (ROVERATTI, 2010). É de fundamental importância  lembrar que essa fase é o tempo de tomada de decisões, sendo uma etapa fundamental dos adolescentes aonde eles irão fazer aquisições ao estilo de vida que querem obter nesse novo ciclo que se inicia. (FERREIRA et al 2011). As doenças sexualmente transmissíveis em adolescentes têm sido cada vez mais frequentes e precoce. Esse aumento está relacionado ao comportamento dos adolescentes, podendo acarretar vários problemas como: sexo desprotegido aumentando a vulnerabilidade para as DST/ AIDS, risco para gravidez na adolescência e o aborto. O processo de trabalho do enfermeiro é educar, orientar, para que esses adolescentes que acabam fazendo parte da  população mais vulnerável aos fatores de risco, tenham pelo menos, conhecimento teórico sobre as consequências que um sexo desprotegido possa  lhe causar.

Como hipótese é possíveis perceber que o comportamento inadequado dos adolescentes está associado a falta de informação de conhecimento sobre os riscos do sexo desprotegido, sendo assim, fundamental realizar orientações sobre métodos contraceptivos e o seu uso adequado. Esta pesquisa está em término, podendo a seguir visualizar alguns resultados.

Objetivos geral: O presente trabalho tem por finalidade fazer um levantamento do conhecimento dos adolescentes sobre as DST e sobre os riscos de uma relação sexual sem proteção. Objetivo específico: Orientar grupos de adolescentes do 1°, 2° e 3° ano do ensino  médio sobre a prevenção de DST (final da pesquisa).

Metodologia: A pesquisa foi de caráter exploratório e descritivo de abordagem quantitativa. Foi realizado em uma escola particular. Os sujeitos da pesquisa foram 20 alunos adolescentes cursando ensino médio, sendo do  1°ao 3° ano. Como critério de inclusão foi, os alunos  serem autorizados pelos responsáveis através de um termo de consentimento livre esclarecido. Diante dos resultados, elaborar palestra com objetivo de orientação (ainda não foi ministrada).

Fundamentação teórica: A evolução da adolescência podemos dizer que ocorre  por aspectos fisiológicos, psíquicos e sociais e o adolescente começa nessa fase definir sua identidade e estabelecer seus próprios valores. Os desenvolvimentos psicológicos, na realidade são todas as mudanças físicas, mentais que acabam por muitas vezes deixando eles totalmente conturbados ou perturbados. Como resultado de todo esse processo pode ocorrer mudanças no comportamento, com os familiares e seus amigos ou também o uso de drogas e desrespeito as autoridades. (ROVERATTI, 2010).  A adolescência é marcada por grandes preocupações recorrentes, ligadas ao processo de crescimento e desenvolvimento, principalmente aqueles que estam propício há algum tipo de vulnerabilidade como: drogas lícitas e ilícitas, a maternidade e paternidade precoce e indesejada, prostituição, violência física e mental. (MACEDO et al, 2013). As meninas ligam o ato sexual ao sentimento, carinho ao parceiro, cumplicidade entre o casal. Enquanto para os meninos está ligado a relação e a orgia. (COSTA, FERNANDES, 2012). As doenças sexualmente transmissíveis (DST) são consideradas como um problema de saúde pública mais comum no mundo. São doenças causadas por divergentes agentes etiológicos. Transmitidas principalmente pelo contato sexual direto, sem uso de camisinha e que uma das pessoas esteja infectada por algum tipo dos agentes e  através da contaminação vertical de mãe para filho, geralmente essas doenças irá se manifestar através de prurido, corrimento, lesões da área genital como bolhas e feridas. (BRASIL, 2011). Devido ao aumento significativo de DST em adolescentes, podemos perceber também o aumento das variedades de métodos contraceptivos. Hoje há uma facilidade enorme em adquirir esses métodos para proteção, ajudando principalmente na prevenção de DST. Existem diversos modos de contraceptivos, porém os que serão abordados, serão os de barreira, métodos contraceptivos que atuam na prevenção de DST e na gravidez indesejada. (ROVERATTI, 2010).

Resultados: As idades relatadas variam de 15 aos 18 anos, 40% (8) dos adolescentes representam a faixa etária de 16 anos, 25% (5) 15 anos, 20% (4) 17 anos e 15% (3) 18 anos. Dos entrevistados, 60%  (12)  eram do sexo feminino e 40% (8) do sexo masculino. Eles consideraram seu conhecimento ineficaz sobre a sexualidade, onde 45% (9) responderam  que seu conhecimento não é satisfatório, 35% (7) não souberam responder e 20% (4) relataram que seu conhecimento é satisfatório sobre o tema abordado. Quando questionado com quem costuma conversar sobre sexualidade, predominaram com 40% (8), os amigos, bem como, 40% (8) os pais, seguindo com 15% (3) com ninguém e apenas 5% (1) com os professores. Seguindo de 45% (9) dos adolescentes entrevistados possuem receio de dialogar sobre sexualidade com seus pais e 55% (11) deles não possuem nenhum tipo de receio em abordar o tema em casa. Esses 45% (9) que tinham receio de dialogar com os pais, todos responderam que era por vergonha. Quando questionado sobe a primeira atividade sexual, 55% (11) nunca tiveram relação sexual e 45% (9) já tiveram, com isso, fica claro que quase metade dos adolescentes da amostra iniciar a prática sexual. A partir desse resultado, foram questionados sobre o uso de algum método contraceptivo nessa primeira relação, sendo que 88,9% (8) que tiveram relação sexual usaram algum método contraceptivo e 11,1% (1) não usaram nenhum método para prevenção dessa relação. Ainda questionados sobre  o uso da camisinha nas demais relações, obtivemos os seguintes resultados 56 % (5) assinalaram a questão de que faz o uso nas outras relações e 44% (4) usaram o preservativo ás vezes.   Ainda nesta questão foi questionado que se o parceiro na hora da intimidade, percebesse que esqueceu o preservativo se eles teriam relação sexual da mesma forma, e os obtivemos os seguintes dados 56% (5) não teriam relação sexual sem o preservativo, mas 44% (4) responderam que ás vezes acabam realizando a prática sexual sem o preservativo.


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Referências


BRASIL. Ministério da saúde. IBGE Instituto Brasileiro Geográfico e Estatístico. Disponível em: http://censo2010.ibge.gov.br/

PAIXÃO M P C P & Fernandes, K G. Hábitos Alimentares e Níveis Pressóricos de Adolescentes de Escola Pública em Itabira (MG). Revista SOCERJ, 2009;22(6):347-355.

ROVERATTI DS. Guia da Sexualidade - reedição ampliada e ilustrada. Revisão:Maíra Roveratti Editoração:Patricia Pucci. São Paulo,2010

FERREIRA, Maria Elisa Caputo et al. Insatisfação corporal em adolescentes brasileiros de municípios de pequeno porte de Minas Gerais. J Bras Psiquiatr. 2011;60(3):190-7.

MACEDO, Senei da Rocha Henrique et al. Adolescência e sexualidade: scripts sexuais a partir das representações sociais. Revista Brasileira de Enfermagem, Natal-rn,, v. 1, n. 66, p.103-109, jan. 2013.

COSTA V & Fernandes, S C S. O que pensam os adolescentes sobre o amor e o sexo? Um estudo na perspectiva das representações sociais. Psicologia & Sociedade; 24 (2), 391-401, 2012.

BRASIL, Ministério da Saúde. Portal da Saúde – Departamento de DST, AIDS e Hepatites Virais. Disponível em: http://www.aids.gov.br/ (Ultimo acesso em: 28/10/2011).


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